14/8/2015 - Indaiatuba - SP
da assessoria de imprensa da Prefeitura de Indaiatuba
Cerca de 400 pessoas entre profissionais de saúde, médicos pesquisadores estão em Indaiatuba/SP participando do o I Simpósio Nacional e IV Simpósio Estadual de Doenças transmitidas por carrapatos com o tema “30 anos da reemergência de Febre Maculosa Brasileira no Estado de São Paulo” Avanços e Desafios. A doença transmitida pelo carrapato-estrela ou micuim da espécie Amblyomma cajennense infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. O evento está acontecendo no CIAEI (Centro Integrado de Apoio à Educação de Indaiatuba), localizado na Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 3665, Jardim Regina, Indaiatuba, SP.
Durante a abertura do evento estavam presentes o representante do Ministério da Saúde Eduardo Pacheco, Engenheiro Agrônomo Dalton da Fonseca Pereira Júnior, o Secretario de Saude de Indaiatuba Jose Roberto Stefani e a professora Doutora Maria Rita Dolanilisio da Unicamp.
O representante do MS Eduardo Pacheco deu boas-vindas aos participantes e destacou a importância de debates sobre a febre maculosa. Explicou que o MS da saúde seguindo uma determinação da OPAS, fez aquisição de medicamentos caros que precisam ser introduzidos de maneira permanente na rede pública.
O representante da Sucen, o Engenheiro Agrônomo Dalton da Fonseca Pereira Júnior agradeceu o município de Indaiatuba pela recepção e apoio, também a equipe da Sucen/Campinas. Destacou que o problema da febre maculosa na região sudeste é um fato e um sério problema para a saúde pública. Ressaltou que estes eventos, congresso com simpósios e congressos são excelentes para demonstrar os estudos e pesquisas feitos por técnicos do Brasil e também de outros países.
O Secretário de Saúde de Indaiatuba José Roberto Estefani agradeceu a presença de todos e informou que o prefeito Reinaldo Nogueira (PMDB) estava em um outro compromisso já agendado anteriormente e não pode comparecer ao evento.
José Roberto destacou que há sete anos está em Indaiatuba, mas que sempre trabalhou em Campinas. Ressaltou que Indaiatuba parece ser uma cidade rica, mas o poder aquisitivo da região está dentro da média da RMC. “O que destaca Indaiatuba é a gestão, são vinte anos que a cidade é praticamente administrada pelo mesmo prefeito e recentemente recebemos prêmio da melhor gestão fiscal do Estado de São Paulo pela Firjan. Isso significa que os recursos públicos são empregados de acordo com o planejamento. Temos um plano diretor fizemos a setorialização na saúde, construímos um novo Pronto Socorro e um nova ala com mais de 7 mil quinhentos do Hospital Augusto de Oliveira e outra grande obre será uma nova farmácia para o Jardim Morada do Sol. Temos que ter planejamento em Saúde e trabalharmos com os recursos disponíveis”.
O evento promovido pelo Ministério da Saúde e Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) direcionadas a servidores públicos da área de saúde, pesquisadores terá durante três dias importantes palestrantes estrangeiros e brasileiros.
O evento de Indaiatuba conta dois palestrantes internacionais Dr. David Walker é médico, professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Texas e é o maior especialista em Doenças causadas por Rickettsias dos Estados Unidos. O Dr. Christopher Paddock é médico e pesquisador do Centro de Controle de Doenças (CDC) de Atlanta nos Estados Unidos e é especialista em Febre Maculosa. Também os palestrantes de vários locais do Brasil: Dr. Matias Szabo é professor da Universidade Federal de Uberlândia, Dr. Daniel Aguiar é professor da Universidade Federal do Mato Grosso, Dr. Rodrigo Angerami é médico do Hospital das Clínicas da Unicamp, Dr. Marcelo Labruna e a Dra. Kátia Ferraz são professores da Universidade de São Paulo, Dr. Gilberto Gazeta e a Dra. Maria Ogrzewalska são pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro.
Também há participante de Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará. Também há inscrições do Chile e Argentina.
A Febre maculosa brasileira é uma doença transmitida pelo carrapato-estrela ou micuim da espécie Amblyomma cajennense infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. Esse carrapato hematófago pode ser encontrado em animais de grande porte (bois cavalos, etc.), cães, aves domésticas, roedores e, especialmente, na capivara, o maior de todos os reservatórios naturais. Para haver transmissão da doença, o carrapato infectado precisa ficar pelo menos quatro horas fixado na pele das pessoas. Os mais jovens e de menor tamanho são vetores mais perigosos, porque são mais difíceis de serem vistos. Não existe transmissão da doença de uma pessoa para outra.
No Brasil, há casos de febre maculosa nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, mas não é impossível que ocorram em outros lugares.
Quando a bactéria cai na circulação causa vasculite, isto é, lesa a camada interna dos vasos (endotélio). Os primeiros sintomas aparecem de dois a quatorze dias depois da picada. Na imensa maioria dos casos, sete dias depois.
O diagnóstico precoce é importante para dar início ao tratamento porque a taxa de letalidade da doença é elevada. Casos de febre maculosa brasileira são de notificação compulsória ao serviço de vigilância.
Evite o contato com carrapatos. Se, por acaso, estiver numa área em que eles possam existir, tome as seguintes precauções: Examine seu corpo cuidadosamente a cada três horas pelo menos, porque o carrapato-estrela transmite a bactéria responsável pela febre maculosa só depois de pelo menos quatro horas grudado na pele. Use roupas claras porque facilitam enxergar melhor os carrapatos. Coloque a barra das calças dentro das meias e calce botas de cano mais alto nas áreas que possam estar infestadas por carrapatos. Tenha cuidado ao retirar o carrapato que estiver grudado em sua pele. Não se esqueça de que os sintomas iniciais da febre maculosa são semelhantes aos de outras infecções e requerem assistência médica imediata. Esteja atento ao aparecimento dos sintomas comuns a vários tipos de infecção e procure um médico para diagnóstico diferencial.
I Simpósio Nacional e IV Simpósio Estadual de Doenças Transmitidas por Carrapatos: 30 anos da reemergência de Febre Maculosa Brasileira no Estado de São Paulo - Avanços e Desafios
2°Dia -13 de agosto
9h – 9h45 - Conferência: Eco-epidemiologia da Febre Maculosa Brasileira.
Dr. Matias Szabó (UFU)
9h45 – 12h15 - Mesa Redonda: Hospedeiros Vertebrados
Coordenadora: Drª Kátia Ferraz (Esalq/USP)
9h45 -10h15 - Manejo e controle de capivaras no estado de São Paulo
M.V. Monicque Silva Pereira (SMA/SP)
10h15 – 10h45 - Intervalo do Café
10h45 – 1h15 - Experiência no manejo de capivaras em condomínios residenciais.
Condomínio Bragança Paulista
Ciro Antônio Dias - Gestor Ambiental
11h15 – 11h45 - Debate
11h45 – 13h15 - Almoço
13h15 -13h45 - Controle de populações de hospedeiros vertebrados da Febre Maculosa Brasileira conforme as novas diretrizes da Vigilância de Zoonoses no Brasil.
M.V. Luciano Eloy (SVS/MS)
13h45 – 14h15 - Risco de transmissão da Febre Maculosa e correlação com a fragmentação vegetal na Região Metropolitana de São Paulo
Mt. Claudia Scinachi (Pós-graduação - FSP/USP - Sucen)
14h15 – 14h30 - Debate
1h30 – 15h45 - Mesa Redonda: Possíveis cenários ambientais para a ocorrência da Febre Maculosa Brasileira
Coordenador: Dr. Adriano Pinter (Sucen)
14h30 – 15h - Dinâminca de vida de populações de capivaras em diferentes condições ambientais
Dra. Kátia Ferraz (ESALQ/USP)
15h – 15h30 - Fatores Ambientais associados a transmissão da Febre Maculosa Brasileira
Dr. Celso Eduardo de Souza (Sucen)
15h30 – 15h45 - Debate
15h45 – 16h05 - Intervalo do Café
16h05 – 17h30 - Apresentação de Temas Livres:
Coordenador:
3° Dia- 14 de agosto
8h30 – 10h - Mesa Redonda: Assistência ao caso suspeito de Febre Maculosa Brasileira em diferentes cenários:
Coordenador: Dr. Rodrigo Angerami
8h30 – 8h50 - Experiência em Unidade Básica de Saúde
Dra. Regina Célia Nogueira Gomes - Centro de Saúde Village, Secretaria Municipal de Saúde de Campinas
8h50 – 9h10 - Experiência em Pronto Socorro
Dra. Silvia Martinez - Unidade de Emergência Referenciada, Hospital de Clínicas, UNICAMP
9h10 – 9h30 - Experiência em Unidade de Terapia Intensiva
Dr. Luís Felipe Bachur - Unidade de Terapia Intensiva, Centro Médico de Campinas
9h30 – 10h - Debate
10h - 10:15 - Intervalo do Café
10h15 – 11h30 Apresentação de Temas Livres
Coordenador:
11h30 – 12h30 - Mesa Redonda: Experiência dos serviços de Vigilância Epidemiológica da Febre Maculosa em diferentes cenários:
Coordenador: Dr. Stefan Vilges de Oliveira (SVS/MS)
11h30 – 11h50
Robson Oliveira Lopes - Secretaria de Saúde de Santo André, SP
11h50 – 12h10 A vigilância no âmbito Estadual.
Sonaide Marques - Secretaria de Saúde do Estado do Goiás
12h10 – 12h30 - A vigilância da febre maculosa integrada aos serviços de vigilância de zoonoses.
Robson da Costa Cavalcante - Regional de Saúde Aratuba-CE
12h30 – 13h30 - Almoço
13h30 – 14h15 - Conferência: Avanços no conhecimento das Ricketsioses
Dr. Marcelo Bahia Labruna - FMVZ/USP
14h15- 14h45 - Diretrizes para a vigilância soroepidemiológica
Dr. Adriano Pinter (Sucen)
14h45- 15h30 - Conferência: A vigilância de ambientes e o perfil de vulnerabilidade para Febre Maculosa no Brasil.
Dr. Gilberto Salles Gazeta – Fio Cruz/RJ
15h30- 16h - O que não sabemos sobre erliquioses
Dr. Daniel Aguiar – UFMT
16h- 16h20 - Café e encerramento
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