10/5/2013 - Indaiatuba - SP
da assessoria de imprensa da Prefeitura de Indaiatuba
A Prefeitura de Indaiatuba por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde está elaborando novas estratégias visando qualificar a rede de atenção à saúde da mulher, gestante e puérpera do município e garantir mais acesso e qualidade ao pré-natal e atenção especializada ao recém nascido. Os médicos da família, ginecologistas e enfermeiros da rede de saúde pública do município já participaram de reuniões e capacitações para tratar das mudanças previstas no setor, que este ano passou a ser coordenado pelo médico/obstetra Dr. Túlio José Tomass do Couto e conta com a participação da também médica obstetra, dra. Vera Spadela.
A pasta está iniciando um estudo para fixar médicos pré-natalistas em cada uma das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e PSFs (Programas de Saúde da Família) do município, que terão condições de acompanhar e oferecer atenção especializada às gestantes usuárias do SUS (Sistema Único de Saúde). O número de profissionais por unidade será definido de acordo com a abrangência da mesma. Aliada a esta ação estão sendo ampliados os critérios de avaliação de alto risco, pelos quais mais patologias serão classificadas como atenção especializada, e a gestante encaminhada para realização do pré-natal no Ambulatório de Saúde da Mulher ou no Hospital Dia. Enquadram-se neste sistema gestantes hipertensas, diabéticas, fumantes, entre outras.
Há ainda algumas alterações previstas com relação a exames durante a gestação. O teste rápido de drogadição, que detecta por meio da urina a presença de cocaína, crack ou maconha no organismo da gestante, já está sendo adquirido pela pasta para a implantação nas unidades de saúde do município. O objetivo é identificar as gestantes viciadas em drogas para proporcionar orientação e atendimento adequados. É sabido que o uso de entorpecentes durante a gravidez traz sérias conseqüências à saúde da criança.
De acordo com a particularidade de cada caso, os exames de urina tipo I e urocultura poderão ser solicitados mais vezes durante a gestação, pois auxiliam na investigação de infecções e bactérias, principais causas de partos prematuros. O Laboratório Municipal de Análises Clínicas passará por algumas adaptações a partir deste mês para a implantação da área de microbiologia, setor onde é feita análise de urocultura, exame atualmente terceirizado.
A Secretaria de Saúde já havia implantado no início deste ano os testes rápidos de gravidez em todas as UBSs e PSFs do município, ação do componente de pré-natal da Rede Cegonha, estratégia instituída pelo Governo Federal visando ampliar a rede de assistência às gestantes e assegurar o planejamento reprodutivo bem como atenção humanizada durante a gravidez, o parto e após o nascimento do bebê. A assistência farmacêutica do município incluiu a macrodantina e outros importantes remédios para o tratamento de infecções urinárias entre a lista de medicamentos dispensados gratuitamente. Novos protocolos de atendimento à gestante e puérpera (mulheres até 45 dias após o parto) estão sendo elaborados pela secretaria em parceria com a maternidade do Haoc (Hospital Augusto de Oliveira Camargo).
Mortalidade Infantil
A Secretaria de Saúde de Indaiatuba registrou este ano, até o dia 30 de abril, 18 óbitos infantis, sendo um resultante de má formação, dois com nascimento e morte ocorridos fora do município e causa básica da morte a cardiopatia congênita e dois que estão em investigação. Onze bebês nasceram prematuros com menos de 1kg e 300 gramas. A Vigilância Epidemiológica aguarda laudos do SVO (Serviço de Verificação de Óbito) e do IML (Instituto Médico Legal) referentes a outras duas mortes.
O pediatra Dr. José Roberto Stefani, secretário da pasta, atribui os óbitos das crianças nascidas com peso inferior a 1kg e 300 gramas a aspectos sociais. “Iniciamos um trabalho conjunto com a Secretaria Municipal da Família e Bem Estar Social para a realização de um estudo sócio econômico da família desses bebês que, infelizmente nasceram muito frágeis e não resistiram. Além disso, já iniciamos várias outras frentes de trabalho visando a melhoria da atenção às gestantes e puérperas do município e conseqüente redução da mortalidade infantil” enfatiza.
Investigação
A Secretaria de Saúde está encontrando dificuldade na localização de algumas mães, cujos filhos vieram a óbito antes de completar um ano de vida. Em dois casos o parto aconteceu no Hospital do Coração, em São Paulo, o outro ocorreu no Haoc, no entanto, os agentes da Vigilância Epidemiológica não encontram ninguém nos endereços informados nos laudos do SVO. A investigação é determinante para que o grupo gestor obtenha informações sobre a realização do pré-natal, identifique as causas das mortes e trace estratégias visando evitar novos óbitos pelas mesmas causas.
A secretaria suspeita que estas pessoas não sejam moradoras de Indaiatuba e possivelmente tenham informado um endereço da cidade para obter o atendimento. “Sabemos que o atendimento a pacientes de outras cidades da região e também de outros Estados (principalmente Bahia, Paraná e Minas Gerais) têm se tornado cada vez mais freqüente em Indaiatuba. Os casos supracitados parecem se enquadrar nesta situação”, afirmou Stefani.
Na próxima semana será realizada uma reunião com o Cartório de Registro Civil da cidade da qual participarão representantes do Departamento de Vigilância Epidemiológica e o secretário geral do município, Samir Maurício de Andrade, na tentativa de encontrar uma solução para estes casos.
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